sexta-feira, 28 de maio de 2010

FIFA Fan Fest Rio

Vocês já ouviram falar do FIFA FAN FEST? Eu não tinha ouvido - é um evento criado pela FIFA, durante a Copa, em 2002 (na Coreia), e tem crescido bastante a cada edição.

A FIFA escolheu seis cidades, fora da África do Sul, para serem sedes do evento, que combina transmissão dos 64 jogos da Copa música – e a Cidade Maravilhosa estava incluída na lista, para nossa sorte (uhul!). Nas areias da praia de Copacabana, vai ter uma arena que pode receber até 20 mil pessoas para curtirem a programação. As atrações confirmadas são ecléticas, variando de Marcelo D2, Cover dos Beatles, e DJ Marlboro - e, como não poderiam faltar, escolas de samba (Mangueira, Unidos da Tijuca e Beija-Flor). Vão rolar também aquelas coisas bem tupiniquins, como Falamansa, Pixote e Revelação. Mas o mais legal ainda não contei: é de graça! (Só o goró sairá de vossos bolsos).
Vão ter vários mini-eventos bacanas, com o apoio dos diversos patrocinadores do FIFA Fan Fest, como Campeonato FIFA Soccer no Play Station, melhores momentos com telões da Sony, carros da Hyundai expostos, ações da Coca-Cola. Enfim, super bacana para quem estiver no Rio (eu não vou estar :/)!
Para quem quiser:


FIFA Fan Fest Rio


De 11 de junho a 11 de julho
Local – Arena montada na Praia de Copacabana (entre a Avenida Princesa Isabel e a Rua Duvivier)
Horários:
Dia 11/06: 9h às 21h
De 12 a 21/06: 7:30h às 21h
De 22 a 29/06: 9h às 21h
Dias 02 e 03 /07: 9h às 21h
Dias 06 e 07/07: 12:30h às 21h
Dias 10 e 11/07: 12:30h às 21h

Para vocês entrarem no clima da Copa, vou deixar a música-tema da Coca que se infiltra nas mentes de todas as pessoas. (Na moral, não dá uma vontade louca de sair saltitando com um sorriso no rosto quando você ouve essa música? Não sei, imagino uma cena de musical, todos saindo de suas salas e prédios e correndo felizes, abraçados, pelas ruas. Enfim.)



terça-feira, 25 de maio de 2010

Tomara-que-caia do Brasil

Hoje eu tava com uma blusa tomara-que-caia, e alguém notou isso (em voz alta). E então eu pensei: TOMARA QUE CAIA?
É sobre isso esse post. Essa invenção americana ganhou um nome aqui na Brasilândia muito apropriado ao espírito nacional. Quem mais nomearia uma peça de roupa assim? Quem criou o nome era chegado na comissão de frente, e não quis esconder. E o mais lindo é que incorporamos: falamos nós, as vovós, os gerentes da loja. Tomara-que-caia.
E Tomara? Essa conjugação que se apodera das funções de "ojalá" em espanhol. As coisas são muito doidas.
Então fica aí, uma homenagem à peça de roupa, e um brinde às coisas que a gente fala e não nota.

Tomara-que-caia: Começou com uma versão dos corseletes do século 15, e se definiu em 1946, quando Jean Louis criou para ninguém menos que a divina Rita Hayworth. A peça leva a fama de afinar a cintura, quando é justa. Mas cuidado quem tem ombros largos; ela pode aumentar, dizem as más línguas.

Tomara: do dicionário: Análise morfossintática - 1a ou 3a pessoa do singular do pretérito mais que perfeito do indicativo. Sinônimos - espero que, desejo que.


E é também uma música de Vinicius de Morais, que a poesia fala assim:
"E a coisa mais divina
Que há no mundo

É viver cada segundo
Como nunca mais".



No topo da página, a lindona da Rita. E a do meio, acima, de preto, é Karl Lagerfeld - porque a gente também sabe ser chique.







quarta-feira, 28 de abril de 2010

Manifesto do Partido da Lágrima

Odeio essa onda de NÃO-DOR. De não poder sofrer, de não poder chorar, de ter que ouvir que é necessário ficar feliz. Quem é feliz o tempo todo não vive.
Gosto de me entregar às coisas com paixão. E na dor é assim também. Gosto de curtir a pressão no peito, o choro eminente, o olhar desinteressado pro mundo. Eu não preciso ficar bem - não agora, não assim. As coisas são assim: não é tudo preto, ou branco. Há mesclas, e não podemos ignorá-las.

Deixo que me rasgue, deixo que me invada, grito e urro de dor. Para estar gargalhando sem motivo dias depois. Não é sobre O QUE você faz, e sim COMO. E eu faço com intensidade.

Não é que eu seja triste - a verdade é que sorrio a maior parte do tempo. A verdade é que vejo graça em tudo. E a maior verdade é que meus sentimentos não têm estabilidade, pulam de um andar para o outro sem a menor cerimônia. E se eles querem assim, quem sou eu pra impedir? Só me resta pular também, e bater forte com o pé quando o chão chegar.

Gosto do absurdo, das conversas sem sentido, das discussões que não existem e mudam o curso das coisas. Gosto do pulo da varanda, da mordida forte, da loucura. Gosto do que me faz voar sem razão e do que me empurra no precipício com um sopro. Minhas escolhas nunca tiveram uma linha, nem minhas emoções terão.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Momento artístico: 3 artistas plásticos sensacionais

Olá, meu querido Raiozinho. Primeiramente, desculpas pela ausência - o lance faculdade-estágio-vida social acaba com uma pessoa, viu. Sem contar que agora eu estou com um blog de rock'n'roll com alguns amigos (htpp://sprockblog.wordpress.com) uhuul. Mas estou de volta pra você!

Fazia tempo que eu queria fazer um post sobre artistas que eu admiro, e quando eu vi um deles em um blog (muito³³³ mais famoso que esse), e resolvi fazer para vocês. Como são duzentos e ninguém lê posts grandes, resolvi pegar 3 que eu curto muito. Aí vai:


John John Jesse



Vou começar pelo meu preferido. Achei esse artista, que tem uma pegada meio punk, anos atrás, sabe-se lá onde, e desde então coloco ele em tudo: no fundo de tela do computador, no background do meu twitter (até agora, só coloquei obras dele. Estou na 3a :] ), e, talvez, futuramnete na minha pele (yaaay!). Eu simplesmente AMO a arte dele, super agressiva e underground. Para quem curte a linha Bukowski - Trainspotting, sinto que será uma boa opção. Toma aí, e toma o site: http://www.johnjohnjesse.net/































Fernanda Guedes

Girl Power Tupiniquim! Essa brasileira tem um estilo incrível, uma mistura de pop, feminilidade e decadência humana, a meu ver. Conheci ela quando distruibuiram uma revista Offline na minha faculdade, e depois, quando comecei a trabalhar na TOP Magazine, a outra jornalista tinha um calendário dela (e depois eu escrevi sobre a exposição Matrioskas dela \o/). Me apaixonei definitivamente, então... Confiram (e vejam mais: http://www.fernandaguedes.com.br/):
































Simon Hennessey

A arte desse cara é absurdamente incrível. Eu adoro arte realista, e that´s what he is talking about! Parecem fotos, e são geralmente feitas em quadros gigantes (o que, pra mim, é mais difícil ainda, porque as proporções são distorcidas...). Eu conheci ele faz pouco tempo, mas adorei. Uma palhinha pra vocês (e, pra quem quiser conferir mais: http://www.simonhennessey.co.uk/):













Enjoy, meus caros.

domingo, 11 de abril de 2010

It´s like pain but doesn´t hurt

O trânsito estava, como sempre, parado. Já estava escuro, e umas poucas gotas fracas caiam no vidro do carro, para reforçar a melancolia. Fazia uma hora e meia que ela dirigia - ou tentava. Procurou no bolso um isqueiro, acendeu mais um cigarro, meio sem vontade. Ela só queria fazer alguma coisa com as mãos, com a boca.

Nada de novo acontecia. Ela corria tanto que mal se lembrava do que havia feito nos últimos dias, mas não era nada de importante. Se a vida dela fosse um livro, suas últimas semanas seriam páginas em branco para não entediar o leitor. As coisas permaneciam estáticas para ela - o resto do mundo, por outro lado, parecia se divertir aos montes. Quando foi que isso tudo mudou?

O carro da frente andou um pouco. Ela engatou a marcha e colou atrás dele mais uma vez. Checou o celular, nada novo. Olhou pro lado, um homem com uns 35 anos de terno a encarava. Ele desviou o olhar, desinteressado. Olhou de novo. Sorriu. Ela fechou o vidro.

"Alguns dias são assim, eu acho", ela pensou. "Acho que não dá para ser feliz todos os dias. Mas nem triste eu ando. Só dormente... E se eu morrer amanhã?"

Ela deu um último trago no cigarro e o jogou pela janela, quase na metade ainda. A chuva diminuia. Mais meia hora e ela estaria em casa.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Crianças do Inferno - Compilação

Querido jovem (ou não tanto) deturbado pela sociedade, esse recado vai para você: se Jesus realmente quer o fim da humanidade, é bem provável que você procrie. Filhooos! FILHOS, SIM. Mas esqueça as coisinhas fofinhas dos comerciais de fraldas ou de margarina. Por ser fruto seu, o seu filho pode ser uma Criança do Inferno - e esse post vai falar um pouquinho como elas são/podem se comportar, para que você, mamãe ou papai de primeira viagem, não se assuste daqui a alguns anos quando a sua cria se parecer mais com a Samara Morgan do que com a Sandy Leah (pensando bem, as duas são bem assustadoras. Mas deixa pra lá...) VAMOS LÁ:




Macaulay Culkin - Vamos começar com um clássico. O muleque estoura no cinema como criança, fazendo os Esqueçeram de Mim, do vol. 1 até o 256 (depois disso mudou o ator). Nessa época já dava para ver o projeto de Demo que existia, principalmente no filme o Anjo Malvado, onde ele faz o papel de Henry Evans (pensa um pouquinho no título do filme que você entende a índole do personagem). Mas a avacalhação veio depois: se casou com 18 anos (óbvio) e não conseguiu nem difarçar a pala, sendo pego diversas vezes com posse de drogas. Agora, para fechar, o sujeito me aparece com a MESMA CARA DE VINTE ANOS ATRÁS, mesmo estando com quase trintão, e prova que será uma Criança do Inferno Forever - esse, nem Chronos vence. E só mais um comentário: PORRA, ninguém conseguiu pensar num nome artístico mais apropriado que MACAULAY para uma criança?







Macaulay: de criança fofa à isso aí a direita, seguindo seu trajeto de volta ao lugar que ele veio





Mallu Magalhães - Tá bom, ela não é bem uma criança. MAS QUE TIPO DE ADOLESCENTE FAZ UMA MÚSICA QUE FALA THUBARUBARUBA (ou sei lá como é) E CATA O MARCELO CAMELO? E ninguém prende ele não?! E que porra de capa de cd é aquela com aquele leãozinho? ELA QUER PARECER MAIS NOVA DO QUE JÁ É?
Ela me assusta tanto que eu nem vou falar mais.




Este menino aqui -











Sem mais.




Chantelle Steadman, Alfie Patten e Amantes Infantis - O nome pode ser estranho, mas a foto não é - e a história de assemelha ao de uma novela mexicana: um casal muito do apaixonado tem um filho (not) não planejado, o que causa uma reviravolta na história. ALTERAÇÃO UM DO ROTEIRO: O casal em questão tem 15 e 13 anos, sendo que o menino, de 13, parece ter 7. Geral saiu nos jornais, tevês, talk shows, reality shows, Youtube, etc. Aí surge a reviravolta: o muleque com 13 ANOS JÁ É CORNO, e o filho não é dele. A paternidade de Maisie Roxanne (que lindos nomes tem essa família, não?) ficou em dúvida quando outros dois menores disseram ter traçado Chantelle. Pobre Alfie passou de papai-mirim e corno-mirim. Mas não fica com peninha não, porque do jeito que a coisa anda, quando ele tiver 25 anos vai ter transado mais do que o Zé Mayer e o George Clooney juntos. E quem acha que a pequena MR se tornará uma Criança do Inferno, põe o dedo aqui!

Imagem gentil e obviamente cedida pelo The Sun. Chifrudinho e safadinha, digo, papaizinho e mamãezinha...




Maysa - O ápice deste post. Alguns dizem que ela é uma anã, outros que ela é um ET, e alguns ainda afirmam que ela é fruto de uma seita satânica. Eu acredito em tudo isso e muito mais. Maysa é apresentadora (OU ERA? ALGUÉM MAIS INFORMADO PODE ME ESCLARECER?) de um programa infantil no SBT, vulgo Silvio Santos, e dentre suas proezas constam:



Usar esse visual macabro de assassina mirim dos anos 20;
Debochar de sotaques de meninos do interior que ligam no programa, mostrando seu lado sádico;
Mentir para o jogador-mirim, dizendo que ele ganhou um Preistêishon, e depois falando que o coitado não ganhou porra nenhuma;
peidar em rede nacional;
Chorar em programa, bater a cabeça na câmera, e ainda fazer a Justiça colar no traseiro do Sr. Santos.
São muitos feitos, que podem ser comprovados por vídeos no Iutubiu. Mas vou deixar aqui só um, que é único que mostra o lado mais normal da menina - mas é o que mais me faz rir (Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, aguardo processos):














Mini Lady Gaga - É o tipo de coisa que eu nem preciso comentar. Se você achou isso FOFO, procure ajuda. Sério.











Alice no País das Maravilhas - É a minha favorita da compilation! Todo mundo A-M-A a Alice, fato. Mas não vem me dizer que vocês acham normal o uso frequente de alucinógenos em menores de 12 anos, ok?Tem que ser BRUTALMENTE hard core para suportar essas provações. You go, Alice!

Alice - e você acha que esses cogumelos no fundo são o quê?








E para finalizar...








Rodrigo Ferraz - Não, ele não é uma criança (fisicamente, eu digo. Mentalmente nunca se sabe), mas ele é TÃO DO INFERNO, que eu achei que vocês podiam curtir, que ia ORNAR com o post. Isto é uma criança do inferno mal passada... Ah, e ele não morreu não, como falaram por aí. E, de quebra, VOCÊS PODEM APRENDER A COMO MALHAR EM CASA COM ESSE VÍDEO! Viram como eu penso em vocês? :)


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Frase do dia: Tyler Durden


"Man, I see in fight club the strongest and smartest men who've ever lived. I see all this potential, and I see squandering. God damn it, an entire generation pumping gas, waiting tables; slaves with white collars. Advertising has us chasing cars and clothes, working jobs we hate so we can buy shit we don't need. We're the middle children of history, man. No purpose or place. We have no Great War. No Great Depression. Our Great War's a spiritual war... our Great Depression is our lives. We've all been raised on television to believe that one day we'd all be millionaires, and movie gods, and rock stars. But we won't. And we're slowly learning that fact. And we're very, very pissed off. "


Listening to: Nancy Sinatra, Bang Bang.
=]

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Bonnie & Clyde

Por conta de uma possível matéria com o autor, estou lendo o lançamento de Paul Schneider, chamado Bonnie and Clyde, que conta a história do casal fora-da-lei mais famoso do mundo. Já existe um filme de 1967 sobre o casal, e logo menos outro será lançado, com (eca) Hillary Duff no papel de Bonnie Elizabeth Parker.


Eu sempre amei o casal, que se mantinha elegante e apaixonado entre uma estrada e outra, nas fugas pelas cidades dos Estados Unidos. O livro é fascinante, e mostra um lado bem privado do casal. E é exatamente por esse lado privado, que tanto me fascina, que estou postando; queria compartilhar um dos poemas de Bonnie, que adorava escrever. O poema abaixo se chama The Story of Bonnie and Clyde, e foi escrito no começo dos anos 1930 (ela morreu em 34, aos 23 anos).


Para completar, uma foto do casal quando eles estavam se hospedando em um chalé, junto com o irmão de Clyde, Buck, sua mulher Blanche e o jovem W.D. Jones. Na foto, Bonnie aparece "atirando" em Clyde - coisa que, no livro, era realmente só uma brincadeira. Schneider fala que Bonnie pouquíssimas vezes tocou em uma arma. A foto não revela a beleza da menina, porém; com seus 1,46m (Clyde tinha por volta de 1,60), ela era descrita como uma loira muito linda. Em outras fotos isso pode ser comprovado (não confundam com as imagens do filme de 67!!!), mas essa é a minha favorita (e também a capa do livro).

Então, lá vai. Para quem gostoar e quiser mais, pesquise por Suicide Sal, outro poema dela.



The Story of Bonnie and Clyde


You've read the story of Jesse James

Of how he lived and died;

If you're still in need of something to read

Here's the story of Bonnie and Clyde.

Now Bonnie and Clyde are the Barrow gang

I'm sure you all have read

How they rob and steal and those who squeal

Are usually found dying or dead.

There's lots of untruths to these write-ups

They're not so ruthless as that

Their nature is raw, they hate the law

The stool pigeons, spotters, and rats.

They call them cold-blooded killers

They say they are heartless and mean

But I say this with pride that I once knew Clyde

When he was honest and upright and clean.

But the laws fooled around kept taking him down

And locking him up in a cell,

Till he said to me,"I'll never be free,So I'll meet a few of them in hell."

The road was so dimly lighted;

There were no highway signs to guide, but they made up their minds

If all roads were blind,

They wouldn't give up till they died.

The road gets dimmer and dimmer;

Sometimes you can hardly see;

But it's fight, man to man and do all you can,

For they know they can never be free.

From heart-break some people have suffered

From weariness some people have died;

But take it all in all, our troubles are small

Till we get like Bonnie and Clyde.

If a policeman is killed in Dallas,

And they have no clue or guide;

If they can't find a fiend, they just wipe their slate clean

And hang it on Bonnie and Clyde.

There's two crimes committed in America

Not accredited to the Barrow mob;

They had no hand in the kidnap demand,

Nor the Kansas City Depot job.

A newsboy once said to his buddy:"I wish old Clyde would get jumped;

In these awful hard times we'd make a few dimes

If five or six cops would get bumped."

The police haven't got the report yet,

But Clyde called me up today;

He said, "Don't start any fights, we aren't working nights

We're joining the NRA."

From Irving to West Dallas viaduct

Is known as the Great Divide,

Where the women are kin and the men are men,

And they won't "stool" on Bonnie and Clyde.

If they try to act like citizensAnd rent them a nice little flat,

About the third night they're invited to fight

By a sub-gun's rat-tat-tat.

They don't think they're too smart or desperate,

They know that the law always wins;

They've been shot at before, but they do not ignore

That death is the wages of sin.

Some day they'll go down together;

They'll bury them side by side;

To few it'll be grief, to the law a relief

But it's death for Bonnie and Clyde.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Andy Warhol na Pinacoteca







Quando eu estava em Buenos Aires no começo desse ano, quaaase que fui ver Andy Warhol, que estava em exibição no Malba (mas alguns fatores externos, como ressaca e falta de tempo, me impediram). Para a minha felicidade - e da maioria dos paulistas, imagino eu - chega à Estação Pinacoteca esta mesma mostra, no final de março (mais precisamente, dia 20) :)


O americano, que morreu de uma cirurgia na vesícula em 1987 (dois aninhos antes de eu nascer, sniff), é o mais-que-conhecido nome da Pop Art: a apropriação da cultura de massa e universo de consumo, transformada em arte. O pop art teve seu ápice nos EUA, em 1960, apesar de ter começado na Inglaterra. É da mesma época a série Death and Disaster, que também vai estar em cartaz, e aborda a violência norte-americana da época. A exposição Andy Warhol, Mr America conta com 170 obras - entre gravuras, filmes, instalações, pinturas e fotos.
De cima para baixo, da esquerda para a direita: Marilyn Monroe (1967), Self portrait (1986), Self Portrait in Drag (1980), Uncle Sam (1981)e Campbell’s Soup II: Hot Dog Bean (1969)





Andy Warhol não precisa de explicação - pelo menos, não para mim. E nesse tempo louco que passa depressa, é bom agendar sua visita à Pinacoteca: a mostra fica até 23 de maio em cartaz. Ainda tem tempo, eu sei (afinal, Brasil só funciona depois do Carnaval, Warhol não fugiu à regra), mas vale a pena se animar desde já. =]





Estação Pinacoteca - Lgo. General Osório, 66 Tel. 3335-4990
Aberta de terça a domingo, das 10 às 18h R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia). Grátis aos sábados (uhul)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Where the Wild Things Are


Ontem, como um ótimo programa para uma terça-feira chuvosa, fui com alguns amigos no cinema, para ver Onde vivem os Monstros (em original, Where the wild things are). Com direção de Spike Jonze, o filme me surpreendeu. A verdade é que ele era a minha última escolha; queria ver Sherlock Holmes, que apesar das críticas tá com um elenco de matar, ou Avatar - porque, bom, eu sou a única pessoa que ainda não viu, eu acho. Por motivo de força maior (leia "insistência de amigos"), acabei vendo este. E saí querendo viver nele!


Spike Jonze e uma equipe de mestres (que conta com a criança mais fofa do mundo, Max Records, no papel principal de Max) conseguiu reunir efeitos especiais com um filme que realmente te faz voltar à infância. Sem forçar, sem finais felizes exagerados, sem muita moral imposta, WTWTA pode ser visto com a serenidade e falta de preocupação de uma criança. A trilha sonora, então, nem se fala! Dá vontade de se enfiar debaixo dos cobertores com uma lanterna acesa e bichinhos de pelúcia, toda vez que alguma música começa.


Eu tinha ouvido falar deste filme especialmente pela parte de dublagem dos monstrinhos, que foge um pouco do tradicional. Ao invés dos atores que fazem as vozes dos personagens ficarem num estúdio em pé, com o ar condicionado no "menos 15", eles realmente encenaram, vivem cada cena - com movimentos e quedas. Não achei que este detalhe seja perceptível, assim como o filme não é uma obra prima. Possivelmente será esquecido em alguns anos, e acho pouco provável que fãs preguem pôsteres na parede durante mais de alguns meses. Mas é impossível não reconhecer a habilidade do filme de mergulhar no universo infantil - coisa estupidamente difícil para quem vive no mundo dos adultos. Então fica a minha dica: para quem quiser voltar aos tempos dourados, não perca esse filme.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ABRE A BOOOCAAAA!




Toda vez que alguém me diz que está fazendo faculdade de Odontologia, eu olho estranho. É impossível, IMPOSSÍVEL, que qualquer dentista seja normal por natureza. Simplesmente o fato de você ter escolhido uma profissão que faz você passar horas diárias debruçado sobre uma cavidade bucal te deixa na categoria de freak.

Essa semana eu resolvi passar mais uma vez no dentista - por livre e espontânea vontade, veja bem. Não tinha que ir, era só uma consulta para ver se estava tudo ok (e por isso, imagino que alguém deveria estar colocando alguma coisa na minha bebida ou algo assim. É o tipo de decisão politicamente correta demais para a minha pessoa). Ir ao dentista é intimidatório desde o princípio. Você fica na sala de espera, gelada, olhando pra duzentas revistas que estão em cima da mesa. Claro que você não pega porque pensa "bom, não tem mais ninguém esperando... Eu devo ser o próximo". Passam sete minutos e nada (lembre-se que sete minutos, dentro de um lugar assim, equivalem a vinte no horário normal, mais ou menos). Você decide pegar uma revista, então, e quando está nas primeiras páginas de PURA PROPAGANDA, a recepcionista simplesmente brota da terra na sua frente e diz:

- VAMOS ENTRAR? :)

Recuperando-se do susto e pegando a revista que você jogou ao chão na emoção do momento, você entra no consultório - onde o dentista está, obviamente, em pé com a mão estendida pra você, e aquele cheiro de aqui-não-tem-bactéria-LALALA no ar. A verdade é que eu estou sendo malvada; meu dentista é um amor de pessoa. Mas ele poderia ser uma mistura de Johnny Depp com Brad Pitt tomando Prozac, que eu ainda acharia essa experiência assustadora. É um misto de dor, com exército, com constrangimento.

Essa minha última visita ao dentista foi particulamente, hum, cômica. Enquanto eu estava com aquele tubinho de sugar baba no canto da boca (que no momento se encontrava escancarada), o dentista me olhando de cima com instrumentos de tortura em sua mão, e a estagiária quase pulando em cima de mim (sem contar aquela luz amarela irritante que fica na sua cara), meu telefone resolveu tocar. Incrível o timing do meu telefone. Seus momentos favoritos de marcar presença são: a)durante o banho; b)quando estou dirigindo e tem um CET camuflado me observando; c)reuniões do trabalho. Claro que dentista fica no TOP TEN da lista. Eu resolvo atender, porque era uma ligação importante. Falando com aquele tubinho na minha boca, eu parecia uma mistura de Amy Winehouse drogada, com a Dercy depois de um derrame. ÇUPER ÇEXY. Depois de desligar desejando minha morte, voltei à consulta.

É incrível como, mesmo sabendo da existência do tubo seca-baba que está puxando sua bochecha pro lado e da anestesia MEGA forte que imobiliza metade do seu rosto - porque, afinal de contas, foi ELE que fez isso em você - o dentista resolve puxar papo. Acho que faz parte do ritual, o último toque de crueldade. Talvez para receber o diploma eles precisem assinar um contrato dizendo "Prometo fazer meu paciente passar por situações embaraçosas sempre que possível". O caso é que eles AMAM puxar papo. A fascinação com a boca, talvez.

Dentista: - Natalia, eu vi que você fez outra tatuagem!
Eu: -Uhuummm...
D: -Faz tempo?
Eu: -Hum... nãã...dãis mesis... (fazendo sinal de "dois" com a mão)
D:-Ah sim. E você tem duas pin ups nas costas né? Eu vi. Esse desenho, por quê, hein?
Eu: -ahaaaaiin... eo gostõ...
D: -Adoro pin ups.
Eu: hehe... =] (te odeio)
D: Onde você fez elas? Faz tempo?^
Eu: !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
D: Pode cuspir.


Outra coisa que me irrita mortalmente em dentistas é o fato deles mentirem. MENTIREM! MENTEM MUITO!

Eu: Vai doer muito isso que você vai fazer? (Apontando para uma MÁQUINA DE TORTURA SUPER TECNOLÓGICA, COM REQUINTES DE CRUELDADE, na mão dO Malvado)

D: Magina! Você nem vai sentir.











Eu me pergunto O QUÊ seria dor, então, para ele. Sadomaso, talvez?


E me imagino abrindo o crânio do sujeito com o mesmo instrumento com o qual ele agora me tortura.

Como se não bastasse, até a hora de sair do dentista pode ser constrangedor. Sem sentir a boca e falando como se tivesse levado uma bigornada na nuca, o dentista subitamente te lança o preçinho da consulta.
Uma lágrima quase cai do meu rosto pensando em todas as horas que eu passei trabalhando pra conseguir aquela quantia - que esse sádico conseguiu às custas da minha dor.
Só de raiva, como açúcar puro pra descontar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

2010 de saudade

O primeiro post de 2010 vem com dias de atraso, mas justificado: recém voltei ao Brasil, estava na Argentina visitando alguns amigos. Córdoba lindo como sempre, e Bs As apaixonante como nunca - me deu vontade de ir viver lá.

Já estou com saudade, e esse verão não me dá vontade de pensar, só de sentir. Então hoje vou fugir do que estipulei para esse blog e vou sentir mais. Que me desculpe São Luis do Paraitinga e Haiti, mas hoje eu vou ser egocêntrica, e focar meu texto em mim. Vou sentir. Sentir o sol na pele, a saudade no peito, o sorriso molhado de lágrima no rosto.

A verdadeira beleza do mundo - seja aqui, na China, na Irlanda ou em Cuba - não são os prédios antigos, a arte no museu, a comida típica. São as pessoas tão diferentes e tão parecidas entre si... Acredito que essa é a coisa que mais me fascina, e que vai me fascinar na mesma intensidade até eu morrer. Que coisa linda essa, de deixar um pedaço seu em um canto qualquer do mundo, e levar outro. Eu já estou espalhada, já escorri por muitos canos e tubulações, estou em quase todos os cantos do mundo, agora...

Conhecem a sensação de que tem algo que só você sabe? Que só você sentiu, que só você conhece? Um misto de coisas que você divide com outra pessoa, e com outra, e mais outra... Que maravilha isso, de sentir algo que é só seu e que ninguém pode tirar. Minha alma tem asas, enquanto meu corpo pesa no chão.

Que a rotina, o trânsito e o stress não me tirem esse sorriso de satisfação da cara. Que meu pensamento livre e leve não acumule os quilos do cotidiano; que eu permaneça assim, sutil e tranquila.

E, mais importante de tudo, que eu não esqueça do meu presente, porque meu passado me fecha e me prende.