terça-feira, 25 de maio de 2010

Tomara-que-caia do Brasil

Hoje eu tava com uma blusa tomara-que-caia, e alguém notou isso (em voz alta). E então eu pensei: TOMARA QUE CAIA?
É sobre isso esse post. Essa invenção americana ganhou um nome aqui na Brasilândia muito apropriado ao espírito nacional. Quem mais nomearia uma peça de roupa assim? Quem criou o nome era chegado na comissão de frente, e não quis esconder. E o mais lindo é que incorporamos: falamos nós, as vovós, os gerentes da loja. Tomara-que-caia.
E Tomara? Essa conjugação que se apodera das funções de "ojalá" em espanhol. As coisas são muito doidas.
Então fica aí, uma homenagem à peça de roupa, e um brinde às coisas que a gente fala e não nota.

Tomara-que-caia: Começou com uma versão dos corseletes do século 15, e se definiu em 1946, quando Jean Louis criou para ninguém menos que a divina Rita Hayworth. A peça leva a fama de afinar a cintura, quando é justa. Mas cuidado quem tem ombros largos; ela pode aumentar, dizem as más línguas.

Tomara: do dicionário: Análise morfossintática - 1a ou 3a pessoa do singular do pretérito mais que perfeito do indicativo. Sinônimos - espero que, desejo que.


E é também uma música de Vinicius de Morais, que a poesia fala assim:
"E a coisa mais divina
Que há no mundo

É viver cada segundo
Como nunca mais".



No topo da página, a lindona da Rita. E a do meio, acima, de preto, é Karl Lagerfeld - porque a gente também sabe ser chique.







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