Hoje eu tava com uma blusa tomara-que-caia, e alguém notou isso (em voz alta). E então eu pensei: TOMARA QUE CAIA?É sobre isso esse post. Essa invenção americana ganhou um nome aqui na Brasilândia muito apropriado ao espírito nacional. Quem mais nomearia uma peça de roupa assim? Quem criou o nome era chegado na comissão de frente, e não quis esconder. E o mais lindo é que incorporamos: falamos nós, as vovós, os gerentes da loja. Tomara-que-caia.
E Tomara? Essa conjugação que se apodera das funções de "ojalá" em espanhol. As coisas são muito doidas.
Então fica aí, uma homenagem à peça de roupa, e um brinde às coisas que a gente fala e não nota.
Tomara-que-caia: Começou com uma versão dos corseletes do século 15, e se definiu em 1946, quando Jean Louis criou para ninguém menos que a divina Rita Hayworth. A peça leva a fama de afinar a cintura, quando é justa. Mas cuidado quem tem ombros largos; ela pode aumentar, dizem as más línguas.
Tomara: do dicionário: Análise morfossintática - 1a ou 3a pessoa do singular do pretérito mais que perfeito do indicativo. Sinônimos - espero que, desejo que.
E é também uma música de Vinicius de Morais, que a poesia fala assim:
"E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais".


No topo da página, a lindona da Rita. E a do meio, acima, de preto, é Karl Lagerfeld - porque a gente também sabe ser chique.
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